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Errar é fundamental

Atualizado: 9 de jun.

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Essa é uma lição para a vida.


O que te faz crescer e evoluir sempre foi, é e sempre será o erro.


Inclusive, lembro de uma frase que ouvi certa vez e que levei para a vida: “o acerto nunca foi bom professor". E isso faz total sentido.


Quando acertamos de primeira qualquer coisa que fazemos, me diga: o que realmente aprendemos? 


Se fizemos e acertamos, é porque nós já sabíamos como fazer aquilo. Ou tínhamos apenas uma noção que foi somada a um lampejo de sorte que fez dar certo. E nessa situação, o aprendizado ficou para trás.


Cometer erros é algo natural do ser humano. E essa é uma grande bênção não só para o nosso crescimento e desenvolvimento pessoal, como também é para nós que trabalhamos com a arte de escrever, e aqui eu vou focar especificamente na arte de escrever ficção.


Mas para isso, eu vou traçar um paralelo entre a nossa vida real e as histórias que criamos.


Imagine que a sua vida é uma série, de infinitas temporadas, até que a emissora ou o streaming (a morte) decida encerrar a história. Obviamente, você é o protagonista dessa trama, o ponto central. E o conflito principal dessa série é a coisa que você mais almeja alcançar, e que talvez até hoje você ainda não tenha descoberto. Mas você está tentando, a todo momento. 


Na sua jornada, você conta com aliados – amigos, familiares, parceiros; antagonistas – pessoas que vivem para nos prejudicar com ou sem intenção; e mentores, como professores, chefes ou até nossos pais. E, como em toda boa história, os conflitos fazem parte do processo.


Conflitos internos – autocrítica, dúvidas, medos; externos – embates com pessoas, psicológicos – escolhas impossíveis, decisões arriscadas; emocionais – arrependimentos, vergonha, enfim. A nossa jornada nesse mundo, muito se assemelha a um personagem de ficção.


E quando você passa a entender isso por essa ótica, fica mais fácil enxergar o valor que o erro tem no seu crescimento. Tal qual um personagem toma uma ação diferente, duvidosa, que às vezes até nos faz sentir raiva porque, olhando de fora até parece óbvio, será que nós também não fazemos o mesmo? É muito fácil apontarmos o dedo para o outro e esquecermos de nos olhar no espelho.


Mas, quando cometemos um erro, ele sempre vem acompanhado de uma consequência – alguém se magoa ou se ofende, sofremos uma perda, seja material, pessoal ou emocional, ou ainda, sentimos um grande desconforto, como vergonha ou a quebra de confiança. 


E são nesses momentos que nós devemos abraçar essa consequência e buscar entender, com toda a honestidade, qual foi a sequência de eventos que ocasionou naquele resultado. Às vezes foi apenas um mal entendido, outras vezes foi uma questão de orgulho, e em outras vezes pode ter sido maldade mesmo. Mas o ponto aqui é:


Na vida, fazer esse exercício nos coloca em um estado terapêutico de autoconhecimento que nos faz nos confrontar e entender melhor de que forma as nossas próprias atitudes estão sendo corretas ou saudáveis para nós mesmos e para o outro. E assim, encontramos um caminho melhor para trilhar.


Na ficção, fazer esse exercício nos faz enxergar enredos completos, orgânicos e realistas sobre os conflitos da natureza humana. Isso nos permite criar personagens mais reais, que cometem erros como qualquer pessoa comum; erros esses que vão fazê-los crescer e evoluir com o passar da trama, assim como nós seguimos com a vida.


Errar não é sinônimo de fracasso. Isso é um sinal de que você está tentando. E é nisso que nós nos identificamos, seja na ficção ou na vida real. 


Eu sei que o erro pode ser frustrante, e que se não estivermos em um bom dia, ele pode nos fazer desistir. Mas quando isso acontecer, lembre-se da jornada do seu personagem favorito de livro, filme, série ou até mesmo de um jogo, e como ele lidou com os problemas dele. 


E eu te digo para fazer isso porque: quem criou a história daquele personagem soube transformar suas próprias dores e frustrações em uma narrativa inspiradora, tanto para si quanto para aqueles que se identificam com sua jornada.


E se ainda não ficou claro, eu te explico – é por conta disso, dos erros desse autor, das dores que ele sofreu e dos conflitos que ele enfrentou, que você se identificou tanto com o personagem e o enredo que ele criou.


Você também pode fazer isso. Basta abraçar mais a si mesmo, e reconhecer que você tem tudo o que precisa para também ser um autor que se conecta com seu público. Se esse for um dos seus objetivos, considere entrar nesse link.


Até a próxima!

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